sábado, 21 de março de 2009

Abandonem a feitiçaria? Como assim?

fonte:fotosearch.com.br

Pasmem Irmãos Planetários, o Sumo Pontífice da Igreja Católica está pregando em Angola: “abandonem a feitiçaria”.

Como podemos acreditar que um sacerdote um homem devotado às Leis Divinas, pode ser capaz de se posicionar de tal forma, digamos até agressiva, ou ainda desenhando de tradições milenares e o que é pior demonizando-as em pleno século XXI, como podemos ver nas palavras abaixo:

"Tantos estão vivendo com medo de espíritos, de poderes ameaçadores e malignos. Em seu atordoamento, eles até acabam acusando crianças de rua e idosos de serem bruxos."

É demais até para um cético, imagina para um povo acostumado muitas vezes com o culto aos seus antepassados ou às Divindades chamada Inkices. Não se pode mais tolerar atitudes como essa pois são elas que inflamam corações mais distantes da linha justa da Lei Maior, a se atirarem, às vezes literalmente, contra seus Irmãos Planetários.

Além do mais sabemos que o que preocupa realmente é a perda do poder de condução das massas pelo Vaticano. E é o que vem acontecendo em Angola desde o final do regime Marxista em 1992, quando o número de “seitas” (assim donominadas pela liderança católica) somavam 50, saltando para 900 atualmente, segundo o Instituto Nacional sobre Religião da Angola.

Na sua homilia proferida numa missa realizada em Luanda, o Santo Padre instiga os católico a convencer, isso mesmo, convencer os que deixaram o catolicismo, de que "Cristo triunfou sobre a morte e todos aqueles poderes ocultos." (palavras do próprio).

Não é de hoje que religiões tentam exercer supremacia sobre as demais, porém é difícil de crer que uma liderança religiosa, tal qual o Papa, que vive exortando e conclamando a paz em territórios conflituosos espalhados pelo planeta, como a Faixa de Gaza, Iraque, Koréia e outros, tenha uma postura tão agressiva, diria até belicosa, contra uma tradição que extrapola o religioso e se mistura, se entremea à cultura, à língua emfim, a uma etnia inteira.

Só nos cabe agradecer aos Orixás pela proteção que os legisladores de nosso país nos deram ao estabelecer um Estado laico aqui em nossas terras.

Fonte: PHILI - REUTERS

quarta-feira, 18 de março de 2009

A realidade relativa entre nós?

Quem afirma que o conflito entre ciência e fé é inevitável não terá ainda conhecido Bernard d’Espagnat (físico e Filósofo), um cientista de 87 anos que se dedica, entre outras coisas, à física quântica, e que afirmou num livro recente que existe uma realidade que a ciência não consegue explicar.


O cientista defende, porém, que a arte e a espiritualidade podem servir para captar em parte esta dimensão da realidade. D’Espagnat teve uma educação católica mas não pratica, assumindo-se antes como uma pessoa “espiritual”. Ao contrário de muitos dos seus pares na ciência, o francês defende que o mistério não é uma coisa negativa que deve ser combatida, antes “é um dos elementos constitutivos da existência”.

O prémio Templeton foi criado por John Templeton para premiar aqueles que colaboravam no aprofundamento do conhecimento religioso. Ao vencer o prémio, [...], d’Espagnat junta-se a um rol de pessoas distintas, que inclui a Madre Teresa de Calcutá e Alexander Solzhenitsyn.”

Fonte: FA/Reuters

Boa noite Irmãos Planetários,

Podemos encontrar nas linhas a cima, a convergência dos saberes sendo premiada, conceito propugnado pela Escola de Síntese bem como pela FTU(Faculdade de Teologia Umbandista).

Quem imaginaria que um cientista (físico e filósofo) pudesse defender a tese de que a Arte e a Espiritualidade explicam o que a ciência não consegue, e ainda receber um dos mais bem conceituados prêmios associado a religião.

Acreditamos, em acordo com o senhor d'Espagnat, que somente através da síntese do conhecimento humano, a muito cindido, poderemos deixar de nos ater a realidade relativa da vida na matéria, mesmo que tenhamos que ficar nela ainda por algum tempo, e aumentar nossa visão da realidade absoluta, conseguida através do autoconhecimento e do profundo conhecimento da alteridade.

Para tanto precisamos exercitar o pensamento, o sentimento e a ação positivos, pois , como apontado por Pai Rivas nas vídeo aulas transmitidas pelo FTU, hoje pensamos de uma maneira, sentimos de outra e agimos de uma terceira, essa assertiva provaria nossa visão relativa do mundo que nos cerca o que nos mantém afastados e muito do Divindade Suprema, da Consciência una do Cosmo.

Quantos mais precisarão proferir palavras como essas para que comecemos a mudar nossos pensamentos, sentimentos e ações?


terça-feira, 17 de março de 2009

O grande embuste


Baseando nossas considerações no texto: "Bento 16 faz primeira visita à África como pontífice", publicado hoje no site www.estadao.com.br, iremos apontar, principalmente, para nos parágrafos abaixo:

"O papa Bento 16 embarcou na terça-feira em sua primeira visita à África como pontífice, buscando apoio para o continente durante a crise econômica mundial e esperando incentivar a paz e ajudar a promover o combate à corrupção.  O papa iniciou sua visita a dois países por Camarões, onde trabalhadores caiaram muros, recolheram o lixo e os ambulantes foram tirados das ruas na terça-feira, nos preparativos para a visita papal.  Embora o número de católicos praticantes venha diminuindo no mundo desenvolvido, a África, onde alguns avanços democráticos vêm sendo feitos mas ainda há conflitos e crises em ebulição, é vista como vital para o futuro crescimento da Igreja.[...] "

"[...] Mas muitos na capital estão céticos, especialmente depois que, na semana passada, as autoridades destruíram barracas de feira numa tentativa de limpar a cidade antes da chegada do papa.  "Estou feliz por ele estar vindo, mas ele deveria vir pela religião, não por outras coisas", comentou Calvine Noumbisi, 29 anos, que estava agachada ao lado de uma rua, vendendo terços, livros de orações e incenso para uso numa igreja próxima.[...]"

Podemos perceber que o Sumo Pontífice pretende promover o combante à corrupção na África, mas será que a África está precisando mais disso que o Vaticano? Haja vista tantos escândalos de pedofilia e abusos vários como o aviltamento do holocausto judeu pelo bispo inglês Dom Richard Williamson.

A melhor cousa que aconteceu na viagem foi a limpeza das ruas da capital Camaronesa, pois os ambulantes, que em diversas culturas africanas são a base do comércio varejista, sofreram com a visita .

No terceiro paragrafo vemos a real intenção nepotista da viagem. Podemos perceber que o motivo da visita do Santo Padre está mais ligado a subrevivência da Santa Sé que o engrandecimento das nações africanas.

Não podemos nos fingir de cegos, pois atitudes como estas que nos mostram como estamos cercados de influencias que, apesar de não armas, são belicosa. Sim, belicosas porque vêem para nos destruir culturalmente e muitas vezes socialmente ainda, justamente pela perda da individualidade social associada aos valores culturais, que nesse caso são riquíssimos e milenares.

E em declarações como as abaixo: 

"[...] Entretanto, a política controversa do Vaticano em relação ao uso da camisinha ainda é motivo de polêmica num continente onde a Aids já matou mais de 25 milhões de pessoas desde a década de 1980.  Enquanto médicos defendem o uso da camisinha para ajudar a frear o avanço da Aids, a Igreja insiste na fidelidade dentro do casamento heterossexual, na castidade e na abstinência sexual.  "O problema não pode ser superado com a distribuição de camisinhas. Isso apenas aumenta o problema", disse o papa a jornalistas a bordo do avião, a caminho da África.[...]" 

dissemina-se, no mínimo, uma desinformação nociva e perigosa. Ou seja, se todos os prosélitos tomassem essas palvras como verdade absoluta, poderia causar o genocídio de algumas comunidades, que tenham muitos traços culturais únicos em seus países. Pois 25 milhões de seres humanos é um número bastante considerável.

Aqui podemos ver uma tentativa, no mínimo, pretenciosa da Igreja:

"[...] Nos Camarões, Bento vai visitar organizações beneficentes, reunir-se com lideranças muçulmanas e comparecer a uma reunião de bispos que vão tentar mapear o papel da Igreja nas tentativas de melhorar a vida dos africanos. Ainda esta semana, Bento vai embarcar para Angola.[...]" 

já podemos imaginar qual vai ser o resultado dessa pesquisa.

A Umbanda nos dá um referencial muito além dos nosso desejos mundano, pois nos disciplina, através das palavras calmas do Pai velho e também nos faz sempre caminhar para frente através da ação positiva do Caboclo.

Meus Irmãos Planetários, não podemos esperar receber mais do que merecemos, não podemos deixar de ser juízes de nós mesmos.